O senador Wilder Morais (PL-GO) está entre os parlamentares investigados pela Polícia Federal (PF) por suposto desvio de recursos de emendas parlamentares. A apuração foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que ordenou ao Tribunal de Contas da União (TCU) identificar emendas sem plano de trabalho cadastrado e encaminhar os dados às superintendências da PF em cada estado.
Segundo reportagem de O Popular, publicada nesta quarta-feira (27), pelo menos R$ 1 milhão em emendas indicadas por Wilder Morais estão sob apuração. No total, 45 emendas de parlamentares de Goiás são alvo de investigação. Nacionalmente, foram identificados 964 casos de “emendas PIX” irregulares, entre 2020 e 2024, que somam R$ 649 milhões.
As chamadas emendas PIX, criadas em 2019, permitem repasses diretos a estados e municípios sem necessidade de convênios ou projetos específicos. Embora apresentadas como solução para dar agilidade à execução de políticas públicas, o modelo tem sido alvo de críticas pela fragilidade nos mecanismos de controle e transparência.
Especialistas em contas públicas alertam que a ausência de plano de trabalho abre espaço para uso político-eleitoral dos recursos, principalmente em ano pré-eleitoral, com risco de financiar obras inacabadas ou inexistentes e de servir como moeda de troca política.
Em nota, Wilder Morais afirmou que as informações não correspondem à realidade. Segundo ele, houve apenas um impedimento relacionado a uma emenda destinada a Cristalina, mas o valor não chegou a ser repassado. O senador reiterou que os dados do portal TransfereGov foram mal interpretados.
Outros parlamentares também têm se manifestado para refutar que suas emendas PIX estejam sob apuração, conforme destacou reportagem de O Popular.
📌 Fontes: O Popular (27/08/2025), Tribuna do Planalto (27/08/2025) e O Popular – “Parlamentares refutam que suas emendas pix estejam em apuração”.



