Iniciativa pioneira integra saúde humana, animal e ambiental, com foco em sustentabilidade, inovação e segurança alimentar
Goiás será o primeiro estado do Brasil a sediar um Centro de Excelência em Saúde Única (Cesu), projeto que promete revolucionar a abordagem da saúde no país. Idealizado pelo Governo de Goiás, em parceria com a Emater Goiás, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o centro vai colocar o estado como referência nacional e internacional.
O investimento inicial é de R$ 5 milhões da Fapeg, destinados a reunir pesquisadores de diversas áreas em uma rede integrada que conecta saúde humana, animal e ambiental. O foco será o desenvolvimento de tecnologias alternativas para o controle de pragas, redução do uso de pesticidas e promoção de uma agropecuária mais sustentável.
Pesquisa aplicada ao campo
De acordo com o presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, o Cesu terá impacto direto na vida dos produtores rurais:
“Nosso objetivo é desenvolver tecnologias e colocá-las à disposição dos agricultores goianos. Vamos integrar ensino, pesquisa e extensão para otimizar a produção, reduzir custos e aumentar a produtividade, melhorando a vida de quem vive no campo.”
Sustentabilidade e inovação
A coordenadora do projeto, professora Virgínia Damin (UFG), afirma que a expectativa é consolidar o centro em até cinco anos como referência em políticas públicas e tecnologias sustentáveis:
“As ações do Cesu vão gerar impactos diretos na saúde pública, na segurança alimentar e na conservação ambiental, contribuindo para um futuro mais equilibrado e sustentável.”
O Cesu terá sede no complexo de laboratórios da Emater Goiás, batizado de Cesu-Agro, e contará com uma rede de laboratórios integrados em unidades da UFG.
Equipe multidisciplinar
O projeto reúne especialistas em agronomia, biologia, farmácia, biotecnologia, veterinária, zootecnia, química, saúde do trabalhador e meio ambiente. Entre os coordenadores estão a cientista do solo Virgínia Damin e o biólogo Caio Monteiro, especializado no controle de artrópodes de importância médico-veterinária.
No total, serão 8 pesquisadores no núcleo principal, 25 colaboradores da UFG, Universidade Estadual de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão, IFGoiano e Emater, além de parcerias com Fiocruz, Secretaria Estadual da Saúde, Agrodefesa, Vigilância Ambiental e outras instituições.
Impactos esperados
Os estudos do Cesu vão avaliar:
- Saúde humana: danos genéticos em trabalhadores rurais expostos a pesticidas sem EPIs.
- Saúde animal: efeitos em animais de grande e pequeno porte, além de polinizadores como abelhas.
- Ecossistemas: presença e impacto de pesticidas em solos, águas e microrganismos.
Passo decisivo
Para Rafael Gouveia, o centro representa inovação e compromisso com uma agropecuária consciente:
“A pesquisa é essencial para que a agricultura familiar avance com sistemas produtivos modernos e sustentáveis. O Cesu é um passo decisivo para manter Goiás como referência no setor.”



