Iniciativa tem como lema “sentar e refletir, levantar e agir” e simboliza o sangue derramado pelas vítimas de violência contra a mulher. Estrutura já existe em 13 estados e no Senado Federal.
A coordenadora do Goiás Social e primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, inaugurou, nesta quinta-feira (04/12), o primeiro Banco Vermelho de Goiânia, instalado na Praça Cívica. A ação marca o início da campanha 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, movimento mundial de conscientização e enfrentamento ao feminicídio.
Com o lema “sentar e refletir, levantar e agir”, o banco simboliza o sangue derramado pelas vítimas de agressões e reforça o alerta para a importância da denúncia e da prevenção.
“É um momento extremamente importante. Esse banco serve para que todos, homens e mulheres, reflitam sobre o feminicídio. Isso não pode mais acontecer. Pedimos que as mulheres denunciem. É muito triste que ainda vivenciemos isso todos os dias, e o banco é um alerta permanente”, afirmou Gracinha Caiado durante a entrega.
Símbolo nacional de conscientização
O Banco Vermelho se tornou lei federal em 2024 (Lei 14.942/2024), determinando sua instalação em espaços públicos de grande circulação. Atualmente, 13 estados do país possuem a estrutura em tamanho gigante, além de uma unidade no Senado Federal.
Em Goiás, a instalação é fruto da parceria entre o Goiás Social e o Instituto Banco Vermelho, fundado pelas pernambucanas Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que transformaram a dor da perda de amigas vítimas de feminicídio em mobilização nacional.
Apoio, proteção e independência para mulheres
O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, destacou as políticas desenvolvidas pelo Estado para enfrentar a violência de gênero.
“Desde 2019 criamos programas não apenas focados na punição dos agressores, mas também na autonomia das mulheres, para que se tornem independentes financeiramente e rompam o ciclo de violência. O banco é gigante porque o problema também é gigante no nosso país”, afirmou.
A estrutura instalada acompanha uma placa informativa com orientações sobre tipos de violência, prevenção, programas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e canais oficiais de denúncia.
A superintendente da Mulher, Evelin Rodrigues, lembrou que o movimento teve origem em Barcelona e foi trazido ao Brasil por duas brasileiras. “Hoje já estamos presentes em 13 estados, e agora em Goiás, com uma mensagem clara: refletir e agir para combater o feminicídio. É uma iniciativa simbólica e necessária”, disse.
Incentivo à denúncia e fortalecimento da rede de proteção
A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes, reforçou o aumento dos investimentos na proteção às vítimas.
“A Deam tem trabalhado em parceria com outras forças de segurança, como a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana. A principal mensagem é o incentivo à denúncia. As mulheres precisam buscar as medidas protetivas de urgência para sair do ciclo de violência e abandonar relações abusivas. Goiás tem políticas eficientes e em expansão para enfrentar esse problema”, afirmou.


