O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta sexta-feira (5/12) que foi escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, como candidato à Presidência da República em 2026.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, declarou Flávio em uma rede social.
A indicação, inicialmente divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, provocou uma reação negativa no mercado financeiro, que vê o movimento como aumento do risco político.
Reação do mercado financeiro
Investidores interpretaram que Flávio Bolsonaro teria menor competitividade eleitoral e menos capacidade de atrair alianças amplas para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Como consequência, as taxas de juros futuros registraram alta acentuada.
O DI para janeiro de 2028 subiu 55 pontos-base na máxima do dia, alcançando 13,275%, refletindo o aumento do prêmio de risco associado ao Brasil diante de um cenário eleitoral considerado mais imprevisível.
Apesar da reação imediata, a curva de juros ainda indica a expectativa de corte da Selic pelo Banco Central em janeiro, embora essa possibilidade possa ser revista caso o câmbio sofra pressão adicional.
Sensibilidade do mercado ao cenário eleitoral
O episódio evidencia a forte influência da disputa presidencial na percepção de risco do setor financeiro. A escolha de um herdeiro político direto de Bolsonaro, inelegível e preso, foi interpretada como um movimento que reduz as chances de vitória da oposição e aumenta a incerteza no cenário eleitoral.
Para analistas, a reação das taxas de DI funciona como um termômetro do desconforto do mercado com um cenário menos favorável à alternância de poder e considerado menos “amigável” para investidores.



