Parceiros comerciais históricos, como UE, Reino Unido e Japão, firmaram acordos com EUA
Neste domingo (27) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, firmou um acordo com a União Europeia e passará a cobrar uma tarifa de 15% sobre as exportações do bloco.
O pacto sela a estratégia do governo americano de renegociar seus acordos de taxação para tentar reduzir o déficit comercial dos EUA. E a sombra de tarifas gigantescas forçou diferentes países a tentarem acordos mais leves — o Brasil, no entanto, deve encarar a taxa mais alta, de 50%.
União Europeia
A nova tarifa, de 15%, representa uma diminuição significativa em relação aos 30% que estavam sendo praticados anteriormente. Segundo Trump, o acordo foi selado após um anúncio de que o bloco europeu concordou em gastar US$ 750 bilhões do setor de energia e investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos.
Japão
Na terça-feira (22), o presidente dos Estados Unidos comunicou um acordo com o Japão para reduzir a alíquota tarifária de 25%, imposta no começo de julho, para 15%. Em contrapartida, o país asiático se compromete a investir US$ 550 bilhões nos EUA, além de abrir seu mercado a produtos agrícolas e automotivos americanos.
Indonésia
Também na terça-feira, a Casa Branca confirmou um acordo comercial com a Indonésia que prevê a “eliminação de 99% das barreiras tarifárias do país asiático para produtos americanos”, enquanto os EUA vão reduzir a tarifa de 32% para 19% para os produtos do país entrarem no mercado americano.
Filipinas
O acordo firmado entre os governo americano e as Filipinas determina que produtos oriundos do país do sudeste asiático sejam taxados em 19%, o que está abaixo da média de 25% a 50% que foi imposta a países sem acordo.
Por outro lado, produtos norte-americanos exportados às Filipinas terão isenção total de tarifa e os dois países reforçaram um compromisso de cooperação militar.
Vietnã
O governo americano determinou uma tarifa de 20% sobre produtos vietnamitas importados, abaixo dos 46% anunciados anteriormente, e uma taxa de 40% aos produtos que passam pelo Vietnã, mas são originários de outros países.
Além disso, o Vietnã concederá aos EUA acesso total aos seus mercados comerciais e não vai taxar importação de produtos americanos.
Reino Unido
O primeiro acordo tarifário do segundo mandato de Donald Trump foi com o Reino Unido. Anunciado em 8 de maio, ele determina uma taxação base de 10% dos EUA sobre produtos britânicos e uma isenção total de tarifas para componentes e produtos aeroespaciais britânicos dentro da cota acordada.
Em troca, a Grã-Bretanha reduziu a tarifa média sobre bens americanos de 5,1% para cerca de 1,8% e existirá simplificação aduaneira para as exportações americanas.



